Just me

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sábado, 28 de maio de 2011

Pra quem não disse tchau

Eu te vi. Anos após te perder de vista e dois dias após ter tocado no seu nome com uma amiga, por acaso ou ironia do destino, veja só, eu te vi. Onde nunca imaginei, tão coincidente, tão perto. Te vi andando na calçada vestindo uma camisa vinho e o mesmo lindo sorriso que tantas vezes foi meu. Eu estava dentro de um taxi, apressada, atrasada, na confusão dessa cidade urgente e me vi quebrando todo o corpo com as mãos no vidro da janela assistindo, surpresa, você passar. E assim passou também um filme que me levou de volta àquele mês de dezembro. E por mais que você não acredite, eu digo que sim, era bonito, era real. Era um livro emprestado, uma foto ainda guardada, um cd não devolvido. Um passeio na praça beirando a madrugada, uma mesa, duas cadeiras e toda uma platéia curiosa. Era uma canção de Gonzaguinha cantada ao pé do ouvido na areia da praia de lua prateada e o beijo mais doce de todos os outros que nem se fizeram recordáveis. Um querer bem. Carinho, cuidado, atenção. Era eu, resistindo a ser premiada com toda doçura do moço mais cobiçado. O moço tatuado de gestos adoráveis. Um jantar especialmente preparado, um presente personalizado, presença e proteção. Eu, a menina mais complicada, a menina do coração cansado e mente confusa. A menina que mesmo sem pretender, pôs tudo a perder. Coração burro, como ele dizia, e sim, eu concordava, coração burro em qualquer estação. E era verão. Naquele colo, naquela boca, naquela rede que embalava os corpos e confissões. Os medos, os desejos. Meus de querer ser mais, sem ter de dizer. Dele de já se sentir assim sem ter avisado. Mas então, repentinamente, novos ares me trouxeram novos sentimentos e os de antes ficaram na contramão, em extravio, em desencontro. A tal paixão anunciada, batia agora descompassada, desde que os meus sentidos entraram em desalinho imprevisto. O que parecia ser início, deu lugar a um fim desavisado e mesmo fugitiva de cortar um coração, cortei dois. O teu, por ter seguido contra toda expectativa e sentimento que me foi dedicado, por ter me retirado sem a coragem de assumir a possibilidade de querer voar pra outro par, outro lugar. Fraqueza, impulso de um coração insano, não dissimulação, como me foi irrogado. E o meu, meu coração burro, também foi cortado por te fazer sentir o que nem conseguia entender, muito menos explicar. E como se não bastassem minhas auto-confusões, certas intervenções alheias completaram o desfecho nublado do que tinha tudo pra ser uma crônica com cores de um pôr-do-sol. E você acreditou, e você se retirou. E eu respeitei, me calei. E fim, assim.
Escrever hoje, depois de tanto tempo, não vem como um escrito de arrependimento, saudades, confissão ou convencimentos nas entrelinhas. Não. Esse é um traduzir de tudo que ficou em mim, de tudo que me veio à lembrança ao te ver, por acaso, passar. Esse é um declarar de todo o meu querer bem a quem me quis também. Meu sentir, a quem sem querer, deixei a mágoa como lembrança. Entre tantos contemplados com palavras minhas, essa sou eu, quebrando o protocolo, dedicando algumas pra você. Essa sou eu, arriscando um oi e uma canção, pra quem não disse tchau. Porque apesar de tudo, "eu apenas queria que você soubesse que aquela alegria ainda está comigo, e que a minha ternura não ficou na estrada, não ficou no tempo presa na poeira".

Amor aprendiz


Esboça um futuro simples. Férias com sol, um filho, um lar. Reinvento a cena, traço mil rotas, deslumbro destinos, redescubro serás e almejo fôlego pra tanto desejar. Ele ri da minha ansiedade, das minhas antecipações. Faz cara de bobo me achando boba, arrumando meu cabelo atrás da orelha. Decerto imaginando onde estava com a cabeça para inventar de amar alguém tão cheia de idéias e sede de viver. Por natureza ou por implicância, gosta de me contrariar. Se encabeço dietas, me aparece com chocolate. Se concentro em uma leitura, distribui beijos intermináveis até vencer do livro. Quando cortejo o silêncio, dá de cantar músicas ao pé do ouvido alterando as letras. Desobediente. Meu amor é desobediente. Ele diz que é só amor. Transforma meus nãos em possibilidades. Minhas paranóias em reflexão. Minha cena de ciúme em censura. Coragem. Se veste de coragem nos dias das minhas tempestades. Quando quero estar sozinha, insiste em ser companhia. Quando quero multidão, inventa um cinema a dois com pipoca e cobertor. Não me deixa acordar junto, sai de mansinho e deixa o cheiro de seu perfume no meu rosto. Meu amor é desobediente. Desdobra minha paciência com aquele programa de tv que julgo machista mas assiste ao meu lado minhas séries mulherzinha sem pestanejar. Convoco audiências, ele aparta brigas. Me chama de menina e me parabeniza a cada oito de março. Me incentiva a arriscar vôos mais altos e - ainda que seja mais novo - enxuga minhas lágrimas de estafa, dizendo que vida de gente grande é mesmo assim, uma selva. Não é sempre bonzinho, às vezes é meu teste de paciência e tolerância. Minha porta que bate, meu telefone que não toca, minha vontade de sumir. Mas não...é o meu amor. Meu amor desobediente. Que fica quando mando ir embora, que não foge quando o tempo fecha. Que me cala a boca com beijo de cinema, que ouve atento quando descarrego meus discursos. Meu amor é desobediente e sabe se verter. Diz que pra cada versão da minha teimosia, tem uma dose nova de sentimento. Pra cada anúncio de cansaço, um motivo a mais pra cultivar e cuidar do que é raro de viver. Não sei de onde tira essas coisas, desconfio que rouba meus livros. Aqueles que falo pra não mexer. Mas não, desobediente que é, mexe com meu mundo e o coração. Minha lição de companheirismo a cada ensaio de insegurança. Minha prova de compreensão a cada personagem de paixão antiga que resgato e publico. Meu curso prático de sentir, minha provocação. Minha mudança de planos, meu caminhar junto. O castigo pra cada duvidar do amor. A revanche de cada malcriação que já fiz. Ah o meu amor! Mudou o rumo da minha prosa, me desobedece e me deixa orgulhosa, mas dessa vez me desafiou. No dia do meu aniversário, veio com bolo e velas rompendo minha crise dos quase trinta de não querer comemoração. Transformou minha cara de tédio em surpresa. Meu drama em comédia romântica. Meu amor é desobediente e diz que é só amor. Meu amor é desobediente e diz que aprendeu comigo. Meu amor subversivo, meu amor aprendiz.

by Yohana SanFer

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Sabe papai do céu,

 


eu amei ele como nunca tinha amado ninguém antes, eu percebi os detalhes nele como nunca parei pra perceber em outro alguém, eu sonhei com ele todas as noites depois que o conheci, e ninguém mas importava, fiquei fazendo planos antes de ir dormir, imaginando que ele viria me ver, que passearíamos de mãos dadas e apresentaria ele a minha familia como o MEU NAMORADO, depois de um tempo ele viria me buscar e me levaria pra conhecer a familia dele, dai seria a minha vez de me sentir A NAMORADA DELE,nós ficaríamos juntos sempre, iríamos ver o por do sol na praia como sempre sonhei, era em tudo isso e bem mas que eu ficava pensando antes de dormir. Eu também sonhei casando com ele, eu sei papai do céu, talvez tenha sido loucura, eu o conhecia a tão pouco tempo, era só uma tela fria e nada mas, só que ai eu me apaixonei perdidamente, sei que sabe tudo isso porque sempre sondou meu coração, meus sonhos e planos, mas é que eu queria muito te pedir uma coisa muito especial agora, se tiver ai escute-me, não peço mas nada que isso: Ele seguiu a vida dele, hoje eu acho que sou uma vaga lembrança de dias atrás na memória dele, mas queria te pedir que independente do que aconteça hoje ou qualquer outro dia, CUIDE DELE PRA MIM, sei que ele não precisa mas de mim, agora existe ela e todos os carinhos que não pude dar, sei que ele não precisa mas daquelas palavras que eu dizia e dos abraços que eu sempre prometia que um dia daria, agora existe ela pra fazer isso todas as noites, mas por favor cuide dele, olhe por ele todos os dias, todos os segundos, o proteja de todo perigo, acampe teus anjos ao redor do MEU MENINO, porque sempre vai ser. E eu confio que se ele um dia tiver de ser meu ele será, existe um tom de esperança nessas minhas palavras, mas não quero mágoas agora, não quero sonhos pelo meio desse meu caminho, quero apenas que ELE SEJA FELIZ, que ele realize tudo aquilo que um dia ousou sonhar comigo, e não aconteceu (…)


Sim, fiquei encantada com você, ainda estou... Ninguém jamais despertou tamanha intensidade de sensação física em mim.Afastei-o, pois não suportaria ser um capricho passageiro. Antes de entregar meu corpo, preciso entregar meus pensamentos, minha mente, meus sonhos... E você não queria saber de nada disso!

Gosto de quem entende o que eu digo. De quem escuta o que eu penso. Da minha prole. Dos meus discos. Dos meus livros. Da minha solidãozinha. Dos meus blues. Do meu umbigo. De unhas cor de carmim. De homem que sabe ser homem. De noites em claro e dias em branco. De chuva e de sol. Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles. Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver. Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo. Ninguém sabe. Mas eu tenho coração de moça.”

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Sou fácil de ler, mas não tente descobrir porque o mesmo refrão insiste em tocar tanto. Se eu gostar de você, tenha a delicadeza de também gostar de mim. E me deixe ser, assim, exatamente como eu sou. Meio gato, meio gente. Desconfiada. E independente. E adoradora de todos os luxos e lixos do mundo. Quer me prender? Nem tente. Quer me adorar? A escolha é sua, meu amigo, vá em frente!

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Quantas vezes você se pegou olhando pro nada e um sorriso espontâneo surgiu no seu rosto? Aposto que você estava pensando em uma pessoa, não é ? É, eu estou falando dessa pessoa que acabou de surgir nos seus pensamentos.